Tendo visto fotos do Elsa’s Kopje anteriormente, este era um dos lodges mais aguardados dentre os visitados no SkySafari da Elewana. As lindas vistas, a arquitetura única e a recepção dos anfitriões atingiu todas as expectativas.
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Abaixo, a continuação do relato da viagem no Quênia, visitando o segundo lodge deste roteiro, localizado no Parque Nacional Meru. Você pode acompanhar o começo desta experiência no post Hakuna Matata: SkySafari no Quênia.
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Elsa’s Kopje, Parque Nacional Meru
O Elsa’s Kopje é um premiado lodge privado e o único que existe atualmente no Parque Nacional Meru, tendo recebido o nome da famosa leoa criada por George e Joy Adamson, de A História de Elsa (ou Born Free em inglês). O lodge está no mesmo parque onde George e Joy moraram e, nos anos 60, adotaram uma filhote órfã de leoa, que alguns anos mais tarde seria introduzida à vida selvagem, embora sempre voltasse para visitar seus “pais”. Tanto Joy quanto George, fervorosos ativistas e defensores do Meru contra caçadores de animais, tiveram um triste fim: ela assassinada em 1980 e ele, em 1989.
A permanência e a conservação do Meru podem ser creditadas à abertura do lodge em 1999; até então, o parque recebia uma quantidade irrisória de visitantes e a receita gerada dificultava a justificativa em preservar a região. Falava-se inclusive em transformar a área em plantações de arroz.
Aclamado por seu cenário espetacular e pela arquitetura única, o Elsa’s foi construído em torno de uma colina de granito com cada chalé projetado individualmente para aproveitar as vistas deslumbrantes e as curvas naturais das rochas e das árvores na encosta. Tem-se vistas ininterruptas de uma área de planícies, com palmeiras, baobás e flora exuberante, que permite avistar girafas, elefantes e antílopes.
Os terraços nos quartos são perfeitos para uma vista panorâmica e as telas, que são baixadas no final do dia, permitem ouvir os sons da natureza e dos animais durante a noite. Apesar das temperaturas elevadas, dentro dos quartos a sensação térmica é agradável e fresca.
O lodge é gerenciado pelo casal George e Theresa, que dão um toque adicional à toda a experiência; além da recepção calorosa, vê-se a marca dos anfitriões na deliciosa comida caseira, na flexibilidade nos horários das atividades e nas conversas sobre o lugar. Nota-se que são pessoas apaixonadas e comprometidas com o ambiente em que se encontram e com o legado que estão carregando.
O primeiro safári no Meru foi a oportunidade de conhecer um ecossistema mais árido, com um número reduzido de animais comparado com o Grand Mara. Ainda assim, os animais foram aparecendo: grupo de búfalos, zebras, guepardo com filhote, elefantes e muitos pássaros. Ao final do dia, um sundowner, com bebidas e petiscos enquanto admirava o pôr do sol.
No dia seguinte fiz dois safáris: um pela manhã, com saída bem cedinho, e outro no período da tarde. Antes de parar para o café da manhã na savana, vi um casal de leões. Sempre surpreendente! A parada para o café da manhã é uma forma extraordinária de aproveitar o ambiente inusitado. Não tem como não se sentir em um daqueles filmes antigos da África.
O safári à tarde foi ainda mais especial, com a visita a um santuário de rinocerontes. O chifre do animal é alvo de caçadores em busca da fortuna que a venda deste item no mercado internacional gera e o santuário, guardado por cercas elétricas e homens armados, é uma busca desesperada pela sobrevivência destes animais. Vê-los de perto é emocionante; são massivos, imponentes, medonhos. Ainda assim, o homem está conseguindo dizimá-lo.
À noite, um jantar sob as estrelas, depois de testemunhar o nascimento de uma lindíssima lua cheia (certamente uma das mais lindas que já vi), foi a forma perfeita para terminar um dia maravilhoso. Como os lodges estão em lugares isolados, sem incidência de luz e poluição, observar estrelas é um prato cheio!
Como sugestão do George, o dia seguinte começou com uma tranquila caminhada subindo a pedra onde ficava a leoa Elsa. Saindo um pouco antes do nascer do sol, a vista de cima é simplesmente incrível, com as cores do sol incidindo sobre toda a planície e permitindo inclusive avistar animais. Como o tempo estava limpo, também foi possível ver o Monte Quênia, o segundo ponto mais alto da África, depois do Monte Kilimanjaro.
Depois do café da manhã, foi hora me despedir dos nossos amigos no Elsa’s Kopje e seguir em direção à pista de pouso para continuar a viagem.
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Destaques e atividades incluídas no Elsa’s Kopje:
- História única do casal George e Joy Adamson e da leoa Elsa;
- Santuário de rinoceronte no coração de Parque Meru;
- Safáris em carros personalizados para a atividade;
- Caminhada pelo Mugwhango Hill com guias experientes;
- Café da manhã em paisagens espetaculares.
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Destaque:
- Para quem gosta de voar, o SkySafari oferece a possibilidade de ser co-piloto. Fui aprendendo sobre os instrumentos, sobre as nuvens e um pouco da vida no Quênia com o Peter, piloto do Cesna do SkySafari.
- Você sabia: jambo poa significa “what’s up” em inglês ou o bom e velho “como está?”, em português.
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Deu vontade de conhecer? Explore mais sobre o Quênia no site da Kangaroo e não perca a continuação da viagem com parada na área de conservação Loisaba e as incríveis starbeds. Até lá e hakuna matata!