Vinhos da Nova Zelândia

No post anterior, falamos dos pilares da produção e sustentabilidade dos vinhos neozelandeses. Neste post você vai conhecer as principais regiões produtoras de vinhos da Nova Zelândia, assim como as características de cada uva.

As regiões produtoras de vinho na Nova Zelândia

1) Northland

As primeiras vinhas da Nova Zelândia foram plantadas em Bay of Islands. No final do século XIX, os extratores de goma e resina da Croácia chegaram em Northland, trazendo suas tradições europeias na produção do vinho. Muitas das empresas de vinho de sucesso hoje têm em Northland a origem da sua linhagem.

2) Auckland

Uma região grande, importante e muito diversa, sede das maiores empresas de vinho da Nova Zelândia e dos pequenos vinhedos-boutique, ambos produtores dos mais finos vinhos.

3) Waikato & Bay of Plenty

As regiões de Waikato e Bay of Plenty, ao sul de Auckland, representam o plantio de vinhas em pequena escala, porém em franca expansão, que ocupa bolsões dispersos de terras em grandes fazendas.

4) Gisborne

A mistura de luz do sol intensa, paisagens verdejantes, história fascinante, um estilo de vida descontraído e a incrível variedade de estilos de vinho torna Gisborne um destino sedutor para o viajante interessado em vinhos.

5) Hawke’s Bay

Segunda maior região de vinhos da Nova Zelândia, a ensolarada Hawke’s Bay foi fonte abundante de vinhos finos desde 1851. O clima propício de Hawke’s Bay e a forte luz do sol posicionaram, há muito tempo, a região como ideal para o cultivo de uvas.

6) Wairarapa

Wairarapa, palavra Maori que significa águas cintilantes, é uma região compacta e ao mesmo tempo diversa, com produtores-boutique que oferecem variadas opções de alta qualidade.

Aproveite para fazer um passeio de bicicleta pelas vinícolas. | Foto: Tourism New Zealand

7) Nelson

A linda e ensolarada Nelson é parada obrigatória para qualquer visitante interessado em vinhos, com sua indústria pequena, porém muito bem sucedida e de alta qualidade, ilustrando perfeitamente o longo histórico da região em horticultura e empreendimentos artísticos.

8) Marlborough

Principal região na produção de vinhos da Nova Zelândia, que com o Sauvignon Blanc posiciona o país no centro internacional. Muito mais que apenas o Sauvignon Blanc, contudo, Marlborough oferece cada vez mais profundidade tanto em variedade quanto em terroir. Nos últimos anos, a revisai também vem mostrando grande vocação para a produção de Pinot Noir.

9) Canterbury & Waipara Valley

Onde os Alpes do Sul se encontram com a mais extensa faixa de terras baixas da Nova Zelândia, os produtores-boutique aperfeiçoam impressionantes exemplares de Pinot Noir, Riesling, Chardonnay, entre outros.

10) Central Otago

Com paisagens espetaculares e cultura de turismo sofisticada, Central Otago é lar de alguns dos melhores Pinot Noir do mundo, sem falar nos vinhos brancos vívidos e impressionantes.

Os vinhos da Nova Zelândia

1) Sauvignon Blanc: único, exuberante e intenso

Em 1973, na época do plantio das primeiras videiras Sauvignon Blanc de Marlborough, ninguém poderia ter previsto que essa variedade atingiria status de superstar em apenas algumas décadas.

Os sabores explosivos do Sauvignon Blanc da Nova Zelândia encantara os críticos de vinho no mundo todo, estabelecendo um padrão internacional para o estilo. Pungentemente aromático, o Sauvignon Blanc da Nova Zelândia desperta os sentidos com pimentão vermelho e notas de groselha em meio à exuberância do maracujá e aroma de frutas tropicais.

Há uma diversidade cada vez maior de estilos, alguns resultantes da variação de locais de cultivo e técnicas de produção, mas outros devido ao uso de leveduras selvagens, diferentes graus de maceração, além de fermentação e / ou envelhecimento em carvalho, tanto velho quanto novo.

Como parte desta diversidade, Sauvignon Blancs de menor teor alcoólico também estão em desenvolvimento, com o objetivo maior de moderar a quantidade de álcool e calorias ao tempo tempo em que são retidas as características da variedade e qualidade pela qual a Nova Zelândia é conhecida.

Regiões produtoras: Hawke’s Bay na Ilha Norte e Marlborough na Ilha Sul.

Harmonização de vinhos e pratos: é um delicioso complemento aos frescos sabores de frutos do mar e saladas.

2) Riesling: picante, aromático, distinto

Os dias ensolarados da Ilha Sul, suas noites longas e frescas e o clima seco durante o outono, criam o cima perfeito para as uvas Riesling. Os estilos variam de totalmente seco ao exuberante adocicado. Há variedades frutais e picantes características da ensolarada Nelson; cítricas de Marlborough; e com aromas de maças verdes, minerais e cítricos da região de clima mais ameno, como Waipara Velley e Central Otago.

Mais de 90% das uvas são cultivadas na Ilha Sul, onde o clima é ideal, com outono frescos, longos, secos e ensolarados, grande variação diurna e baixa umidade.

Regiões produtoras: Marlborough, Canterburry e Waipara Valley, na Ilha Sul.

Harmonização de vinho e pratos: as uvas Riesling da Nova Zelândia têm características de intensidade frutal, notas cítricas e acidez refrescante, sendo ideias para acompanhar os sabores sutis do tempurá japonês. Acompanha bem saladas, frutos do mar, pratos com frango e pratos asiáticos que combinam adocicado com picante.

3) Pinot Gris: encorpado, rico, refrescante

Cultivada em todo o país, a uva Pinot Gris da Nova Zelândia é mais próxima da Alsácia e mais distante da Pinot Grigio, mais seca, com notas de maça, pera, madressilva e especiarias.

O clima mais quente da Ilha Norte tende a criar estilos maduros, suculentos e oleaginosos, enquanto o mais ameno da Ilha Sul produz vinhos mais densos, com grande estrutura.

Desde a década de 90, a Pinot Gris vem ganhando cada vez mais fama e agora é a terceira variedade mais popular de uva branca.

Regiões produtoras: Hawke’s Bay na ilha Norte, Marlborough e Nelson na Ilha Sul.

Harmonização de vinho e pratos: a suave acidez e o marcado acima frutal de um Pinot Gris bem equilibrado complementa um porco assado ou massas com molhos cremosos, frango e frutos do mar.

4) Gerurztraminer: exuberante, perfumado, definido

Voluptuoso em espessura e corpo, com textura suave e sutil acidez, a Gerurztraminer da Nova Zelândia é extremamente perfumada, frequentemente com aromas de pétalas de rosas, lichia, canela e gengibre. Os estilos da Ilha Norte voltam-se para vinhos mais espessos e de maior textura, enquanto a região da Ilha Sul produz variações mais lineares em estrutura e marcadamente aromáticas.

Regiões produtoras: Gisborne na Ilha Norte e Marlborough na Ilha Sul.

Foto1: Pessoas servindo vinhos Foto 2: Prato harmonizado com vinho da Nova Zelândia

Degustação e harmonização de vinhos | Foto: Tourism New Zealand

5) Chardonnay: equilibrado, frutado, concentrado

Elegante e frutado, o clássico Chardonnay da Nova Zelândia preenche a boca com sabores cítricos e de frutas tropicais concentradas. Uma viva acidez equilibra os sabores que são em geral suavizados à perfeição com carvalho. Sua versatilidade torna o Chardonnay uma tela em branco, perfeita para viticultores e vinicultores que desejam criar uma obra prima. Uma ampla variedade de Chardonnays é produzida na Nova Zelândia, dos estilos frutados e sem mandar aos borgonheses concentrados.

Durante a década de 90, o cultivo dessa elegante variedade, de reconhecimento internacional, excedeu o de todos os outros tipos de uva.

Regiões produtoras: Gisborne e Hawke’s Bay na Ilha Norte e Marlborough na Ilha Sul.

Harmonização de vinho e prato: o Chardonnay jovem ou sem bandeira se harmoniza de maneira fabulosa com frutos do mar. O Chardonnay maduro da Nova Zelândia é mais rico e complexo, com sabores e acentuados de torrada e castanhas, e complementa pratos salgados como frango, vitela e coelho, com molhos cremosos, à base de alho e limão.

6) Pinot Noir: intenso, expressivo, frutado

Nativo da Borgoha e notadamente inconstante (a melhor qualidade só é produzida em regiões de clima frio), a uva Pinot Noir encontrou a Nova Zelândia o lugar perfeito.

A Pinot Noir é cultivada predominantemente nas regiões mais frias ao sul do país. A roem diversidade de climas e solos permite uma ampla variedade de solos nas cincos principais regiões produtoras de Pinot. Agora está em segundo lugar, atrás apenas da Sauvignon Blanc em volume de produção, com plantio predominante em cinco regiões.

Regiões produtoras: Wairarapa na Ilha Norte, Nelson, Marlborough, Canterbury, Waipara Valley e Central Otago na Ilha Sul.

Harmonização de vinho e prato: a opulência e flexibilidade do Pinot Noir da Nova Zelândia complementam diversos pratos salgados, como aves de caça como codorna, peru e pato; filé de salmão ou carne de porco, vitela, cordeiro e veado.

7) Syrah: complexo, picante, flexível

Com longo histórico de cultivo na Nova Zelândia, datando de meados do século XIX, hoje cerca de 90% do plantio concentra0se em Hawke’s Bay e Auckland/Northland.

Destinto por seu sabor vivaz e picante e por sua textura elegante pode-se apreciar ao primeiro contato o sabor de ameixas e pimenta do reino, e algumas vezes até notas de violeta.

Regiões produtoras: Auckland, Northland e Hawke’s Bay na Ilha Norte.

Harmonização de vinhos e prato: ótimo para acompanhar churrasco, filé ou pratos servidos com um saboroso milho à base de tomate. Também acompanha bem pizas.

8) Merlot & Cabernet Sauvignon Blends: complexo, forte, acessível

Os blends de Cabernet Sauvignon e Merlot têm um longo histórico na Nova Zelândia, desde meados do século XIX. O Cabernet Sauvignon se fortaleceu como variedade tinta na Nova Zelândia no fim da década de 60, início da década de 70 e o Merlot mais tarde, nas décadas de 80 e 90.

Ao potencializar a estrutura e finesse do Cabernet Sauvignon com o vibrante sabor de fruta madura no Merlot, os produtores de vinho das regiões mais quentes do norte estão criando blends de vinho elegantes e ao mesmo tempo intensos. Com o Merlot cada vez mais predominante por sua notável pureza de expressividade frutal, esses blends são interessantes e acessíveis quando desfrutados jovens.

Regiões produtoras: Auckland, Northland e Hawke’s Bay na Ilha Norte.

Harmonização de vinhos e pratos: um ótimo para acompanhamento de pratos, o resultado desses blends se distingue por sua pureza de expressão frutal. Delicioso acompanhamento de carne vermelha e de caça ou com cozidos de inverno e com queijos fortes.

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Até a próxima!