A cor do seu passaporte pode dizer muito sobre o seu país. De homenagens à bandeira até religião, não há diretrizes ou regulamentação que definam a cor dos documentos.

 

Documento indispensável para muitas viagens internacionais, os viajantes não têm poder algum na aparência de seus passaportes. Não podemos escolher o que será estampando nas páginas internas ou escolher a cor da capa. O site de notícias Bussines Insider explicou porque os passaportes possuem tons de vermelho, azul, verde e preto.

Surpreendentemente, a cor do passaporte não é escolhido como sistema de categorização de países, embora isso não queira dizer que as cores são totalmente aleatórias. A maioria dos países possuem as cores azul e vermelho na capa dos passaportes, variando apenas as tonalidades. Segundo o vice presidente de marketing da Passaport Index, Hrant Boghossian, é uma questão de identidade nacional.

Anthony Philbin, da Organização de Aviação Civil Internacional, responsável por emitir os padrões de tamanho, formato e tecnologia, afirma que não há nada que determine a cor da capa e a organização não interfere na cor da mesma.

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Passaporte vermelho

Os passaportes em tons de borgonha são utilizados pelos países da União Européia (com exceção da Croácia). Os estados que desejam se juntar à UE também optarem por seguir o mesmo tom, como a Turquia.

Países como Bolívia, Peru, Equador e Colômbia, na comunidade andina, também possuem os passaportes em tons de borgonha.

O passaporte suíço usa a cor vermelha, em perfeita combinação com a bandeira do país.

 

Passaporte verde

A importância da cor verde na religião reflete no tom do passaporte dos países Islâmicos. Também são usados tons de verde em países da África, como Nigéria e Tanzânia.

Passaporte da Tanzânia                                                                             Passaporte da Turquia, adaptado ao padrão da União Européia.

 

Passaporte preto

As cores escuras tendem a parecer mais oficiais, além de mostrar menos sujeira.

Países como Botswana, Zâmbia e Nova Zelândia utilizam o preto. No caso do último, ainda é representado as cores da nação.

 

Passaporte azul

No Caribe e América do Sul é comum o passaporte de cor azul, mais especificamente para os países da Caricom e Mercosul (com exceção da Venezuela, que mantem o passaporte vermelho dos tempos Andinos).

Nos Estados Unidos, o passaporte só adotou o tom de azul marinho em 1976, para combinar com a bandeira nacional. Antes disso, foram utilizados passaportes na cor verde durante a década de 1930, seguidos por borgonha e preto em 1970. Acredita-se ainda que os primeiros documentos utilizados eram no tom de vermelho.

Nosso já conhecido passaporte brasileiro, com os padrões do Mercosul.

 

Os passaportes representam algo muito mais significativo que laços geopolíticos.

“Nós esquecemos que eles pertencem à pessoas. Para alguns, são uma barreira. Para outros, um direito de passagem”, disse Boghossian à revista Travel + Leisure.

Enquanto a Síria possui um dos piores rankings de passaporte do mundo (com entrada sem visto para apenas 32 países), os EUA tem o 3º lugar do ranking dos melhores, e ambos possuem a cor azul.

Embora nem todos os países tenham compreendido a importância do documento em sua identidade nacional, os governos do mundo inteiro têm a liberdade de escolher as cores e design de seus passaportes.

Um bom exemplo de realce na identidade e características na identidade do país, é o novo passaporte da Noruega. Com 3 cores distintas (branco para os estrangeiros, azul claro para diplomatas e vermelho para os cidadãos comuns) as folhas internas apresentam os desenhos dos fiordes e ao utilizar luz UV, o sol se transforma em lua e o desenho ganha formas da Aurora Boreal.

 

Tradução livre, texto original no site Travel + Leisure.