Recentemente, tive a oportunidade de conhecer a Islândia. Mais do que um roteiro, foi um encontro com a força da natureza.

A seguir, eu compartilho como foi a minha viagem, as atividades que fiz, as opções de acomodação onde fiquei e deixo algumas dicas e curiosidades.

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Reykjavik, a charmosa capital islandesa, foi nosso ponto de partida. Ficamos hospedados no Iceland Parliament Hotel, Curio Collection by Hilton, localização perfeita para explorar o melhor da cidade a pé, com bares, restaurantes e aquele clima acolhedor que só uma cidade pequena tem.

Já no primeiro passeio, nos encantamos com a energia tranquila da cidade. Pequena, mas cheia de personalidade, Reykjavik mistura modernidade e simplicidade de um jeito cativante. Visitamos a imponente Hallgrímskirkja Church, o Parlamento, a colorida Rua do Arco-Íris e o moderno Harpa Concert Hall, um ícone arquitetônico à beira-mar.

No almoço, experimentamos uma tradição local: o famoso cachorro-quente de cordeiro islandês do quiosque Baejarins Beztu Pylsur, o mesmo que conquistou Bill Clinton em 2004. Simples e delicioso, é uma parada obrigatória! À tarde, relaxamos nas águas termais do Sky Lagoon, um spa com piscina de borda infinita voltada para o oceano. Lugar incrível para ver o pôr do sol.

Baejarins Beztu Pylsur

Quando anoiteceu, partimos para a tão sonhada caçada à Aurora Boreal. Depois de cerca de 40 minutos de estrada, o céu se transformou em um espetáculo verde e vibrante.

Curiosidade: a Aurora Boreal a olho nu nem sempre tem as cores intensas que aparecem nas fotos. Isso acontece porque as câmeras captam mais luz do que o olho humano. O que vemos é tipo um véu esverdeado e em movimento, mais sutil, mas absolutamente mágico.

Seguimos pela famosa rota do Golden Circle, onde a natureza mostra toda sua força e beleza. Visitamos o Parque Nacional Thingvellir, o ponto onde as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia se encontram, o Geysir, que inspirou o nome de todos os gêiseres do mundo, e a impressionante cachoeira Gullfoss, com sua força arrebatadora.

No caminho, paramos no Laugarvatn Fontana, às margens de um lago geotérmico, onde o calor do solo é usado para assar o tradicional Rugbraud, o “pão-de-trovão”. Provar um pão literalmente cozido pela terra é uma experiência única!

Curiosidade: a Islândia é movida pela natureza. Cerca de 85% da energia consumida no país vem de fontes renováveis, principalmente geotérmica e hidrelétrica. O calor subterrâneo aquece casas, abastece usinas e até mantém estufas onde se produzem tomates e flores em pleno inverno!

Também conhecemos a fazenda de tomates Friðheimar, onde o cultivo é feito em estufas aquecidas por energia geotérmica e polinizado por abelhões importados. Um exemplo de sustentabilidade e inovação em harmonia com o meio ambiente.


Fazenda de tomates Friðheimar

Nos hospedamos no Hotel Geysir, e fomos presenteados com mais um espetáculo de Aurora Boreal visto da cobertura. A cada nova aparição, a sensação é de puro encantamento.

De lá, seguimos por paisagens de tirar o fôlego: cascatas, montanhas cobertas de neve e vales verdejantes. Visitamos a charmosa Brúarfoss, com suas águas azul-turquesa, e depois vivemos um momento de adrenalina: um passeio de snowmobile sobre a geleira Langjokull. Deslizar sobre aquele cenário branco infinito é uma sensação indescritível!

Na costa sul, conhecemos duas das cachoeiras mais famosas da Islândia. Seljalandsfoss, onde é possível caminhar por trás da queda d’água, e Skógafoss, uma das mais icônicas do país. Cercada por lendas vikings e pelo som poderoso da água, ela também ganhou fama mundial por ser cenário de gravações da série Vikings, é ali que o personagem Flóki chega à “nova terra”, uma das cenas mais marcantes da história. A combinação de natureza, história e mitologia torna esse lugar simplesmente hipnotizante.

Curiosidade: a Islândia é um destino bastante procurado por produções de Hollywood. Além de Vikings, já serviu de cenário para filmes e séries como Game of Thrones, Batman Begins, Interestelar, Thor: O Mundo Sombrio e A Vida Secreta de Walter Mitty. É como se cada canto do país tivesse sido feito para o cinema! Se quiser sentir um gostinho da Islândia nas telas, vale assistir aos filmes citados!

Mais adiante, em Vík, trocamos o gelo pelo ronco dos motores em um passeio de quadriciclo pela praia de areia preta de Sólheimasandur, onde está o icônico avião abandonado da Marinha dos EUA, um cenário surreal que parece saído de um filme de ficção.

Curiosidade: Em 1973, um avião Douglas C-117 da Marinha dos EUA fez um pouso de emergência na praia de Sólheimasandur, no sul da Islândia, após uma falha no motor – e todos os tripulantes sobreviveram. A aeronave nunca foi retirada e, com o tempo, tornou-se um ícone da paisagem islandesa: o metal prateado contrastando com a areia negra cria um cenário quase surreal. Hoje, o local é acessível apenas a pé, por uma trilha de cerca de 4 km, e é um dos pontos mais fotografados do país.

A hospedagem seguinte foi no charmoso Skálakot Manor, um hotel familiar com tradição na criação de cavalos islandeses, perfeito para quem busca tranquilidade e autenticidade.

A nossa jornada continuou rumo ao glaciar Mýrdalsjökull, que esconde o vulcão Katla sob o gelo. Fizemos uma caminhada até as impressionantes cavernas de gelo naturais, formadas durante o inverno, uma das paisagens mais fascinantes de toda a viagem.

Seguimos até a lendária Reynisfjara, a praia de areia preta de basalto, famosa por suas colunas de pedra e pelas poderosas ondas do Atlântico Norte. É linda, mas exige muito cuidado, as chamadas sneaker waves (ondas traiçoeiras) podem surgir do nada, e por isso há sempre placas alertando os visitantes.

Curiosidade: você sabia que na Islândia praticamente não existem insetos? O frio extremo e o solo vulcânico tornam o ambiente inóspito para a maioria deles. É um dos raros lugares do mundo onde você pode aproveitar a natureza sem se preocupar com mosquitos!

Fechamos o dia com um passeio até o Cânion de Fjaðrárgljúfur, esculpido ao longo de milênios pelas águas do Rio Fjaðrá. De cima, a vista é simplesmente espetacular!

Nossa noite foi no elegante Jökulsárlon Glacier Lagoon Hotel, onde relaxamos na jacuzzi ao ar livre, sob o frio de zero grau. Nada como água quente, céu estrelado e ar puro para fechar um dia islandês.

Na manhã seguinte, visitamos a deslumbrante Diamond Beach, onde blocos de gelo do glaciar brilham como diamantes sobre a areia vulcânica preta. É um espetáculo natural que muda conforme o degelo.

Para encerrar a viagem, nossa última parada foi no luxuoso The Retreat at Blue Lagoon, um refúgio sofisticado com acesso exclusivo às águas quentes e azuladas da Lagoa Azul. Um verdadeiro santuário de paz!

De lá, seguimos para o aeroporto de Keflavik, a poucos minutos do hotel, com o coração carregado de boas memórias e a sensação de que vivemos algo único.

A Islândia é isso: um país onde gelo e fogo convivem em harmonia, e onde cada paisagem parece ter sido esculpida para nos lembrar da força e da beleza da natureza. É uma daquelas experiências únicas na vida!

Islândia

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