Em fevereiro de 2019 as consultoras Herika e Tassiana partiram com destino ao Marrocos para explorar belas mesquitas, paisagens e palácios suntuosos. Em um relato escrito à quatro mãos, elas contam abaixo um pouquinho do que viram desse país tão cativante.

Para um primeiro contato, optamos por um roteiro clássico pelas Cidades Imperiais de Casablanca, Fez e Marrakech. Com apenas uma semana já é possível apreciar as belezas naturais, culturais e arquitetônicas do Marrocos.

O que fazer no Marrocos?

A Medina é a parte mais tradicional das cidades. Cercadas por muralhas, abrigam os mercados de artesanato e mesquitas importantes. Por esse motivo, andar pelos muros da Medina é como voltar no tempo. Impossível não se imaginar na época em que os comerciantes viajavam negociando especiarias.

Loja de artigos decorativos na Medina de Marrakech

Muitos marroquinos ainda residem nessas Medinas, e em sua cultura, quanto maior a riqueza da família, mais bonita e elaborada é a porta de sua casa. Prepare-se para encontrar portas lindíssimas e coloridas, que nos renderam belas fotografias!

Casablanca

Visitar a mesquita Hassan II é programa obrigatório, afinal é a maior mesquita da África, a mais alta do mundo e umas das poucas que aceita não muçulmanos em seu interior.

A imensidão do lugar e sua construção com vista para o mar já valem uma espiada. Em conformidade com sua grandeza, a sala de orações possui capacidade para 20 mil homens e 5 mil mulheres rezarem ao mesmo tempo. No entanto, os homens ficam no salão principal e as mulheres separadas, em um mezanino que circunda todo o salão.

Mesquita Hassan II | Rick’s Café

Outro ponto turístico de Casablanca é o Rick’s Café. O restaurante retrata o famoso café onde se passa a maior parte do clássico filme Casablanca (1942), que aliás, foi filmado nos Estados Unidos, e não no Marrocos! Ainda assim, vale uma visita.

Rabat e Fez

Rabat é a capital política do Marrocos. Por lá visitamos o mausoléu onde estão enterrados o avô e o pai do atual rei, Mohammed VI. Em seguida conhecemos Mèknes (a muralha que cerca sua medina é a mais extensa do Marrocos).

Mausoléu de Maomé V, em Rabat | Consultora Herika Pritsch

No caminho para Fez fizemos uma parada em Volubilis, um sítio arqueológico e preservado de uma antiga cidade romana, patrimônio da Unesco desde 1997.

Nossa visita a Fez foi muito especial. A cidade é considerada a capital cultural do Marrocos e possui a universidade mais antiga em funcionamento, Al Quaraouiyine. Além disso é a terceira mais importante cidade islâmica e a maior cidade medieval intacta do mundo, com quase 10.000 ruas e becos repletos de pessoas, música, cores e cheiros.

Visitamos ainda o curtume Tannerie Chouwara, onde o couro é tingido e processado há muitas gerações. Por aqui turistas podem observar o processo do alto de um dos balcões das lojas que ficam ao redor e embora o cheiro seja desagradável, o passeio é interessante.

curtume Tannerie Chouwara | Medina de Fez

Marrakech

Em Marrakech o tom ocre e uniforme das construções são de uma tinta proveniente de um terreno regional, fazendo jus ao título de cidade vermelha.

A rede hoteleira na cidade é vasta e tem hotéis para todos os gostos e bolsos. Entre as opções estão os tradicionais Riads, que costumavam servir de moradia às famílias ricas da cidade. No entanto, hoje se converteram em pequenos hotéis dentro dos palácios, geralmente construídos nas Medinas. Perfeito para quem busca uma experiência autêntica dentro dos costumes e cultura das famílias.

O grupo reunido durante um passeio na Medina de Fez | Almoço tradicional na Medina

A feira noturna da praça Jeema El-Fna é imperdível. Em um mesmo espaço é possível encontrar espetáculos de malabaristas, lutas de boxe, encantadores de serpentes, contadores de histórias, atuações de dançarinos e muita comida.

Do outro lado da praça está localizada a mesquita Koutoubia, outro cartão postal de Marrakech. Seu mirante é o ponto mais alto da cidade.

Ao entardecer, os restaurantes do entorno ficam cheios de turistas e locais que buscam um espaço para observar o pôr do sol enquanto aprecia o tradicional chá de menta.

Não deixe de aproveitar os mercados repletos de produtos exóticos. Raramente terão etiqueta com preços, principalmente nas lojas dentro das Medinas. O comércio no Marrocos funciona à moda antiga, na base da negociação. Pechinchar é mais que bem-vindo –  os comerciantes sobem os preços iniciais e vêm baixando conforme o poder de persuasão dos clientes.

Dicas

  • Não se aventure dentro da Medina de Fez sem um guia local. É bem fácil se perder por suas vielas estreitas, que é quase um labirinto a céu aberto!
  • Brasileiros não precisam de visto para visitar o Marrocos a turismo, sendo necessário apenas passaporte com validade mínima de 6 meses. Embora a moeda local seja o Dirham Marroquino, em muitos pontos turísticos o Dólar e o Euro são bem aceitos, contudo recomendamos ter sempre Dirhams disponíveis para as despesas menores.
  • Guarde um espaço na mala para as cerâmicas e os tapetes marroquinos.
  • Por fim, a cozinha do Marrocos é de dar água na boca. Rica em temperos e especiarias, combina as influências mediterrâneas, árabes e francesas, resultando em pratos saborosos, criativos e variados. Certamente o destaque se dá para o cuscuz de semolina (acompanhado de vegetais cozidos) e o tajine (um ensopado de carne ou frango feito na brasa em um prato de barro com tampa no formato de cone, sempre acompanhado de pão), ambos deliciosos.

O país nos surpreendeu com seus contrastes, sua arquitetura, sua culinária saborosa, suas cores vibrantes. Se você gosta de vivenciar experiências pouco tradicionais e trazer visões de culturas diferentes na bagagem não deixe de ir ao Marrocos.

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