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Nelson brilha com sua grande variedade de atividades ao ar livre. A abundância de caminhadas, passeios de barco e bike, gastronomia com frutos do mar frescos, vinhos, cervejas, artistas e galerias de arte fazem desta uma região imperdível. Abaixo, Ronaldo Cunha te conta mais sobre a visita.

Fomos conferir esta região linda no norte da Ilha Sul e abaixo, o Ronaldo Cunha nos conta mais sobre a visita.

Fazendo apresentações

A minha chegada em Nelson foi perfeita. O dia estava lindo, não demorei mais que 10 minutos para retirar o meu carro com a locadora e logo estava saindo do aeroporto para desvendar Nelson e os seus arredores.

Segui para almoçar com Tracee Neilson, representante do órgão de turismo da região, para o restaurante Boatsheed (uma antiga garagem de barcos). No menu um pouco de tudo que a região tem a oferecer. Como o porto de Nelson é um dos maiores da australasia na exportação de frutos do mar a minha escolha foi uma deliciosa lagosta servida com salada e abacate. Isso mesmo na Nova Zelândia eles usam o a abacate em saladas e sanduíches.

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Foto Ronaldo Cunha

Uma parada no NZ Classic Motorcycles, com incrível acervo de mais de 300 motocicletas clássicas de todos os modelos, desde as primeiras motos de 1911 até os modelos mais atuais, consome facilmente uma ou duas horas para os amantes de motos.

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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha

Dali, seguimos para o World of WearableArt, que também é um museu de carros clássicos. O WOW, como é conhecido, começou em Nelson mas como tornou-se um evento internacional, teve que mudar para Wellington para que pudesse receber gente do mundo inteiro. Alguns dos principais artistas que expõem suas obras no desfile são locais de Nelson. O museu é interessante até mesmo para quem não gosta muito de arte; as peças elaboradas chamam a atenção e lembram nossas alegorias de carnaval, mas com muito mais glamour e detalhes.

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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha

Os carros, ah os carros… Eu passaria o dia inteiro aqui. Além da arte que se veste e os carros clássicos, o museu tem um espaço para os artistas locais exporem suas obras.

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Foto Ronaldo Cunha

O dia terminou com uma visita ao Peter, proprietário do Edenhouse, um bed & breakfast de luxo muito aconchegante e confortável a cerca de 40 minutos da cidade, no meio da região produtora de vinhos e rodeada de artistas e artesãos no caminho para o Abel Tasman National Park. Recomendo essa acomodação para casais que gostam de bom serviço e para casais em lua de mel. Além do café da manhã o jantar gourmet preparado pelo renomado chef da região, está incluso com direito a vinhos locais.

De volta à cidade o meu pernoite foi no Grand Mercure Monaco, que possui ótimas instalações a 20 minutos do centrinho de Nelson. As opções vão de studio a apartamento com um ou dois quartos. Eu fiquei no apartamento de um quarto, muito espaçoso com uma bela jacuzzi para relaxar. Ótima opção custo x benefício.

Como se tornar um local

O dia começou chuvoso. Depois de um delicioso café da manhã no restaurante do hotel com direito Eggs Benedict (o meu favorito) parti de carro para o Abel Tasman National Park. No caminho as condições climáticas não melhoraram muito. Ao chegar na praia de Kaiteriteri já desiludido, achando que o passeio seria cancelado, fui surpreendido. Mesmo não fazendo o passeio que estava reservado a companhia Wilsons Abel Tasman decidiu fazer a parte de barco e, dependendo da colaboração do clima, faríamos uma das diversas caminhadas pelo parque nacional.

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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha

Como o tempo estava bem úmido, decidi apenas pelo passeio de barco e passeio de caiaque, onde vimos as focas na ilha Tonga. Mas ficou um gostinho de quero mais e certamente um motivo para voltar e fazer as caminhadas!

Ao término do tour fui visitar um healing retreat chamado Split Apple Retreat e fiquei impressionado. Apenas 3 luxuosas suítes, todas com uma linda vista do parque nacional, ofurô, deck privativo, obra de arte por todo lado, mini cinema com o que há de melhor em tecnologia de ponta, sala de tratamentos, uma sauna box superpotente e um sistema de meditação de última geração. O empreendimento foi construído ao redor da arte, ou seja, é uma galeria de arte privativa com obras fantásticas. A comida é preparada por uma chef especialista que elabora obras de arte da culinária, com produtos frescos e da estação e que fazem muito bem à saúde.

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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha

Ao retornar para Nelson fiz o check in no Wakefield Quay, um charmoso bed & breakfast de frente para o mar vizinho de três ótimos restaurantes. O mesmo está a 5 minutos do centro da cidade. Fui recebido muito bem por Woddy e John, que me fizeram sentir como um amigo e não um hóspede. Após alguns drinques com eles, parti para o centro para ver um pouco do que o vilarejo tem a oferecer em termos de vida noturna.

Embora não haja muita badalação, tudo o que estava aberto era bem convidativo incluindo bares sofisticados, alguns com música ao vivo e restaurantes gourmet ou estilo tapas. Foi uma ótima forma de terminar o dia.

Sobre arte, vinho e cerveja

O meu último dia em Nelson começou com um delicioso café da manhã gourmet no bed & breakfast Wakefield com uma linda vista do mar com barcos indo e vindo.

Em 5 minutos cheguei ao aeroporto onde deixei o carro e encontrei com Neil da companhia Art, Art e Wilderness para o passeio de meio dia aos vinhedos e galerias de arte da região.

O sol voltou a brilhar e fez o cenário ideal. A nossa primeira parada foi a cerca de 25 minutos do aeroporto na vinícola Mahara, que acabou de passar por uma reforma e oferece aos clientes restaurante, sala de degustação e obras de arte espalhada pelo ambiente. Do lado de fora mesas com vista da plantação e algumas peças de arte que formam o cenário perfeito. O local agora conta também com acomodações estilo bed & breakfast num ambiente mais contemporâneo.

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Foto Ronaldo Cunha
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Foto Ronaldo Cunha

A nossa próxima parada foi num espaço criado por 4 diferentes artesãos onde cada um produz suas peças e expõem numa galeria ali mesmo. As obras são também expostas num jardim dos fundos. Próximo dali fiz degustação de cervejas artesanais em um dos pubs mais antigos desta área, que teve na história dos primeiros imigrantes uma forte presença do povo alemão.

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Foto Ronaldo Cunha

Passamos pelo vilarejo de Mapua, às margens do estuário, onde habita uma variedade de artesãos, suas galerias de arte e restaurantes. Daqui partem também algumas das principais trilhas de mountain bike da região. Aliás, Nelson e arredores contam com 170km de trilhas, nem todas interligadas ainda, mas em um futuro próximo serão.

Já retornando à Nelson, paramos na premiada vinícola Waimea para almoçar e degustar o que há de melhor na produção, principalmente os brancos. Os meus preferidos foram Sauvignon Gris e Albariño, mas claro que não deixei de provar o Pinot Noir. O restaurante conta com um experiente chef renomado na região.

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Foto Ronaldo Cunha

O dia e a minha visita a este incrível destino não poderiam terminar de maneira melhor.

Considerações finais

Você gosta de vinhos? De artes? De atividades ao ar livre? Nelson é um destino que não deve ficar de fora na sua visita à Nova Zelândia.

É um lugar onde você encontra 3 parques nacionais, tem excelentes trilhas tanto para caminhada quanto para bicicleta, tem cenários para quem gosta de filmes e quer explorar locações de O Hobbit, tem vinícolas e cervejarias excelentes além de gastronomia com produtos locais e, melhor ainda, frescos!

Os festivais e eventos além da arte e cultura estão presentes de forma tão forte nesta região que O Anel original do filme O Senhor dos Anéis foi produzido por um artista local, o dinamarquês Jens Hansen.

Eu espero voltar e explorar ainda mais esta região tão especial da Nova Zelândia. Recomendo!

Veja aqui um pouco sobre as belezas que encontra em Nelson e região.